
MUNDO SÉNIOR DIVULGA RADIOGRAFIA DA DEPENDÊNCIA
ALERTA PARA OS CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
97,6% precisam de ajuda
69,4% necessitam de transporte
96,3% dos cuidadores são família
72,8% dos cuidadores informais são mulheres
A esmagadora maioria da população sénior dependente em Portugal (97,6 %) em Cuidados Continuados integrados tem necessidade de ajuda no desempenho de uma ou mais actividades da sua vida diária, segundo um estudo a que Mundo Sénior teve acesso desenvolvido pelo departamento de Epidemiologia do INSA.
A segunda necessidade mais sentida (população dependente) está relacionada com os transportes (69,4 %). Cerca de dois terços necessitavam de apoio no transporte, que incluía a necessidade de ambulância, táxi/carro de aluguer e em (38,1 %) das situações eram necessários cuidados de enfermagem, percentagem praticamente equivalente à estimada para apoio psicossocial.
Ainda de acordo com o estudo transversal, baseado em inquérito realizado por entrevista telefónica, no segundo trimestre de 2007 aos residentes de 1034 unidades de alojamento, (53,7 %) necessitavam de ajudas técnicas e destes apenas (66,5 %) viram satisfeita essa necessidade.
A percentagem de unidades de alojamento com dependentes em situação de incapacidade com alojamento considerado adequado foi de (72,1 %), mas (20,5%) já tinham tido necessidade de realizar obras de adaptação.
A percentagem de unidades de alojamento com dependentes em que o principal cuidador era um familiar, na generalidade próximo, foi de (96,3 %). Os cuidadores familiares na sua maioria eram mulheres (72,8%), do grupo etário dos 45-65 anos (55,1%) e coabitando com o dependente (92,6%).
Os familiares foram assinalados, neste estudo, como cuidadores informais (96,3%), logo seguidos de amigos não residentes no domicílio e vizinhos (29,5%). A ajuda domiciliária por entidade privada traduziu-se na prestação a cargo de empregadas domésticas assalariadas e correspondeu a (17,9%) das soluções. A ajuda prestada por entidade estatal, que poderia incluir o centro de saúde, nomeadamente uma equipa de cuidados continuados formal, foi apontada em (13%) das situações de dependência. A ajuda prestada por entidades privadas de solidariedade social só representou (4,1%) das situações.
No estudo, os prestadores de cuidados informais são familiares, amigos, vizinhos ou terceiros (não assalariados) que habitualmente prestam cuidados informais, parciais ou totais ao sénior em situação de dependência. A dependência é definida como a situação em que se encontra a pessoa que, por falta ou perda de autonomia física, psíquica ou intelectual, resultante ou agravada por doença crónica, demência orgânica, sequelas pós-traumáticas, deficiência, doença severa e ou incurável em fase avançada, não consegue, por si só, realizar as actividades de vida diária.
Quanto a cuidados continuados integrados foram definidos como o conjunto de intervenções que visam a prestação de cuidados de saúde e/ou de apoio social a pessoas em situação de dependência, promovendo a reabilitação, readaptação e reinserção familiar e social. Os cuidados de longa duração são atribuídos aos cuidados continuados prestados a doentes com situações de dependência de longa duração.
Finalmente, os cuidados paliativos são prestados a doentes em situação de sofrimento intenso, decorrente de doença incurável em fase avançada e rapidamente progressiva.
MÉDICOS LIVRES DE PRESSÃO NA PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS A IDOSOS
O Ministério da Saúde desvalorizou o facto de os médicos terem trancado as receitas, obrigando alguns idosos que poderiam beneficiar, pela primeira vez, de genéricos gratuitos, a comprar medicamentos de marca. A situação verificou-se em algumas farmácias de Lisboa, mas o Ministério alega que meia dúzia de farmácias da capital não reflectem a realidade. Fonte da tutela explicou ainda ao CM que os valores da venda de genéricos a idosos apenas serão conhecidos em Agosto e que, até ter dados concretos, "o Ministério não tenciona pressionar ninguém, nomeadamente os médicos".
ALGARVE: PRIMEIRA UNIDADE DE CUIDADOS PALIATIVOS ABRE HOJE
A primeira Unidade de Cuidados Paliativos da região do Algarve, instalada na Unidade Hospitalar de Portimão – Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, é inaugurada hoje. Esta unidade, com capacidade de 10 camas de internamento, foi financiada pela Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, representando um investimento total de 300 mil euros, e cria uma nova resposta às necessidades dos doentes.
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